"Ederson vale 40M€ e Rui Patrício só 15? Não acredito"; Benfica reage à suspensão de...Bruno de Carvalho e Octávio Machado; Ponto final na Superliga europeia

A Associação Europeia de Clubes (EAC) anunciou hoje, em Atenas, ter chegado a acordo com a UEFA para a reforma das competições europeias de clubes, colocando assim termo ao projeto de criação de uma Superliga.

"Penso que estamos completamente de acordo no que diz respeito à reformulação da Liga dos Campeões e da Liga Europa para o ciclo 2018-2021", referiu o presidente da EAC, Karl-Heinz Rummenigge, à saída de uma reunião com o diretor de competições da UEFA, Giorgio Marchetti.

Karl-Heinz Rummenigge, também presidente do campeão alemão Bayern Munique, manifestou-se satisfeito com o projeto de reforma competitiva, já discutido por 155 representantes dos clubes em sede da EAC, e pela renovação dos laços com a UEFA.

"Estamos felizes em permanecer sob a égide da UEFA e em participar na reforma das competições, que é um desejo nosso. Como sequência deste acordo, não há nenhuma discussão sobre o tema Superliga", referiu Karl-Heinz Rummenigge.

As alterações a incutir na Liga dos Campeões, ainda de acordo com Rummenigge, visam tornar a prova mais cativante e competitiva e a reforma irá beneficiar, principalmente, as equipas médias e não apenas os maiores clubes.

Marchetti já tinha rejeitado na quinta-feira a ideia de criar uma Superliga europeia com 20 clubes, embora tivesse admitido a necessidade de rever o formato competitivo das provas organizadas sob a égide da UEFA.

Entre as reformas já aprovadas em dezembro de 2016 pela UEFA para o ciclo 2018-2019 da Liga dos Campeões, destaca-se a qualificação direta de quatro equipas dos quatros campeonatos europeus com o melhor 'ranking'.

"Ederson vale 40 milhões e Rui Patrício só 15? Não acredito".  Rui Patrício está a ser associado ao Arsenal, segundo a imprensa inglesa.

Os londrinos estarão dispostos a oferecer 15 milhões de euros pelo guarda-redes internacional português de 29 anos, que há um ano aumentou a sua ligação ao Sporting até 2022.

Para o antigo guarda-redes do Sporting, Joaquim Melo, Patrício só deverá sair caso surja um negócio irrecusável para o clube e para o titular da baliza leonina. “Só deve sair se, para ele e para o

Sporting, for um contrato irrecusável. Sabemos que, apesar de todo o profissionalismo, os jogadores também têm de pensar no seu futuro", disse Melo em entrevista à RR.

Sobre os valores que a imprensa britânica está a anunciar, 15 milhões de euros, Melo coloca muitas reticências ao comparar com o valor de mercado do guarda-redes do Benfica, Ederson.

“Ederson é um pouco mais novo, mas se estão a tentar valorizá-lo por 40 milhões, considero que 15 milhões pelo Rui Patrício é muito pouco. Com Bruno de Carvalho na negociação, os números poderão subir um pouco mais... ou até bastante mais. Por esse valor, não acredito na transferência do Rui Patrício", frisou.

Rui Patrício tem 29 anos e é um jogador imprescindível ao Sporting, na opinião de Melo.

“Aos 29 anos, está no auge da sua carreira. Para um guarda-redes, não é velho. Não quero fazer comparações, mas eu acabei a carreira com 42 anos. O Buffon, por exemplo, tem 39. Se não existir uma lesão grave, o Rui ainda tem muitos anos de carreira pela frente e eu gostava que fossem no Sporting. Há jogadores que são imprescindíveis nos clubes, como Luisão no Benfica, ou Patrício e Adrien no Sporting", concluiu.

O Benfica, através de fonte oficial, reagiu ao castigo aplicado a Bruno de Carvalho e Octávio Machado na sequência de uma denúncia apresentada pelos responsáveis do clube da Luz.

Mais do que os castigos aplicados ao presidente e ao diretor para o futebol do Sporting, o Benfica considera que o clube também deveria ser punido, algo que não aconteceu porque no processo a infração foi alterada de grave para leve.

«É surreal, inqualificável e inaceitável que a qualificação jurídica levada a cabo por um órgão jurisdicional seja alterada pelo mesmo órgão, decorridos oito meses, transformando-se infrações disciplinares graves em infrações disciplinares leves, para no final o Conselho Disciplina ser obrigado a julgar as mesmas como prescritas», salienta a referida fonte, contactada pelo jornal A Bola.

Para os encarnados, «uma infração qualificada, que coloca em causa de forma grave a imagem e o bom nome das competições (daí a severidade da sanção prevista – interdição do recinto desportivo de 1 a 3 jogos), não pode transformar-se em mera inobservância de outros deveres e, como tal, sancionada tão só com pena de multa».

No mais, para o Benfica, «as sanções disciplinares aplicadas, infelizmente, não se apresentam verdadeiramente punitivas», uma vez que se duvida que «sejam efetivamente preventivas».