02 fevereiro 2017

A poupança de milhões em Alvalade; Desentendimento de Corona não ocorreu de madrugada e não será punido no Dragão; Dragões ainda têm um mês para resolver 'problema'; A crença de Vitor Pereira levou FC Porto ao título

O Sporting está prestes a completar a reconfiguração do plantel proposta para a segunda metade da temporada, com a poupança em ordenados como fator mais significativo. No total, o alívio na despesa, contabilizando os vencimentos devidos a quem saiu definitivamente e durante período determinado a quem saiu por empréstimo, ascende a 10 M€. Elias, já vendido ao Atlético Mineiro, e André, em negociações avançadas para sair, são os grandes responsáveis pela verba elevada e os únicos a deixar dinheiro em caixa (2,5 M€ o primeiro e uma verba por apurar o segundo).
O mau momento da equipa em dezembro e janeiro, que fez com que os leões chegassem a estar a dez pontos do topo da Liga, não era condizente com o aumento do orçamento para o futebol que se verificou no início de 2016/17, pelo que a SAD verde e branca encetou um emagrecimento em várias vertentes, nomeadamente na folha salarial e no número de jogadores. E se a redução da folha salarial acaba por ser um êxito, a recomposição do grupo de trabalho ficou aquém. Jorge Jesus anunciou recentemente que o plantel passaria de 29 para 24 jogadores, mas acabará por ficar com 26 (já sem André). É que a SAD conseguiu desfazer-se de seis excedentários e reintegrou três emprestados no plantel principal: saem Petrovic, Elias, João Pereira, Markovic, Meli e André, regressando um trio da casa formado por Palhinha, Francisco Geraldes e Podence, que, ainda em início de carreira e de valorização, auferem ordenados baixos.
Apesar de ter emagrecido ligeiramente o grupo e de aliviar os gastos, a SAD ainda tinha mais jogadores para colocar na janela de mercado que ontem fechou. Marvin não gostou da colocação negociada pelo clube e preferiu continuar em Alvalade, Jefferson e Douglas não tiveram pretendentes, Bruno Paulista interessa a clubes brasileiros mas para já continua, e Spalvis viu fracassar o empréstimo ao Belenenses. Jorge Jesus tinha antecipado um plantel reformulado com a presença de dez jogadores da formação, falhando apenas por um – passa a ter onze formandos. Junto à porta de saída de Alvalade continua André. O avançado já nem entra nas contas do técnico Jorge Jesus e aguarda agora que se ultime a sua transferência para o Sport Recife. A operação, registe-se, pode aguardar, uma vez que o mercado brasileiro só se encerra no próximo dia 4 de abril. O avançado que reforçou os leões no passado defeso contabiliza 15 jogos e três golos na época e poderá configurar o encaixe de cerca de 1,2 milhões de euros nos cofres leoninos.

A situação de Laurent Depoitre é mais uma que passou a estar na ordem do dia desde que o FC Porto contratou Soares para o ataque. Com a chegada do brasileiro, o avançado belga perdeu definitivamente espaço nas opções do treinador e já nem viajou para o Estoril na última jornada. O problema é que depois de já ter representado o Gent esta época, as leis da FIFA impedem-no de jogar num terceiro clube europeu na mesma temporada, pelo que a única saída, neste caso, passa por tentar jogar no Oriente, onde o mercado de transferências só fecha no final de fevereiro. A SAD terá, portanto, mais um mês pela frente se quiser tentar encontrar uma solução para o jogador. Entretanto, o jornal O Jogo contactou Walter Mortelmans, representante do jogador, que se recusou a comentar a situação.

Corona envolveu-se mesmo numa troca de bocas e numa discussão com um adepto que, na noite de domingo para segunda feira, o questionou porque estava no Casino de Espinho ao invés de estar em casa a descansar. O FC Porto tem conhecimento do sucedido, mas não vai aplicar qualquer sanção ao internacional mexicano, pelo simples facto de este não ter infringido qualquer ponto do Regulamento interno a que plantel está obrigado a obedecer.
Em véspera de folga, os jogadores podem estar fora até às duas da manhã e o sucedido foi bem antes, cerca das 22h30, garante O Jogo. Há versões de que o confronto foi mais tarde, mas o mesmo ocorreu às 22h30 e o jogador só abandonou mais tarde o local porque houve a necessidade da segurança do Casino e da PSP intervirem, o que prolongou o incidente mais algum tempo.
Corona, recorde-se, marcara na véspera o segundo golo do triunfo portista em casa do Estoril e, a julgar pelas boas indicações dadas a Nuno Espírito Santo, será um dos candidatos a entrar de início no encontro de sábado, contra o Sporting, ainda mais importante depois de o Benfica ter perdido em Setúbal. O mexicano não faturava desde a primeira jornada da I Liga.

Jackson Martínez recordou esta quarta-feira os momentos vividos no FC Porto e lembrou que a equipa já passou por situações piores do que a atual, quando Vítor Pereira era treinador, e ainda assim sagrou-se campeã nacional.
O avançado colombiano, atualmente no Guangzhou Evergrande, da China, contou ao 'Porto Canal' que sente saudades do tempo passado ao serviço dos azuis e brancos e enumerou alguns momentos marcantes que, na sua opinião, mostraram a união e a mística que sentiu no seio do grupo.
"Histórias há muitas, mas a que mais recordo foi a do tricampeonato. Lembro-me bem da convicção que tinha o Vítor Pereira. Nós estávamos cinco pontos atrás do Benfica, e ele, numa altura em que faltavam mais ou menos dez jogos para o fim do campeonato, dizia sempre nas palestras: 'Nós vamos ser campeões'", começou por revelar o jogador numa visita que fez à cidade do Porto, onde esteve em tratamento a uma lesão.
Jackson Martinez admitiu que a postura do treinador foi decisiva para que o grupo se acreditasse na conquista do título, pela "certeza que transmitiu a cada um".
"Ele tinha essa certeza, mas era difícil. Ele mantinha a mesma convicção. A cada treino era como se estivéssemos só a um ponto. E foi muito importante quando o Benfica empatou com o Estoril em casa. A partir daí foi uma força muito grande. E também tenho lembranças daqueles tempos difíceis no FC Porto e de como o grupo se unia", recordou o avançado, falando de "anos muito gratificantes de muita aprendizagem e de muita evolução".
Jackson Martínez revelou ainda que o melhor golo que marcou de dragão ao peito foi de calcanhar contra o Sporting e lembrou os colegas Lucho González, James Rodríguez e Otamendi.
Sobre a passagem pelo Atlético de Madrid, clube para o qual se transferiu depois do FC Porto, o colombiano não guarda boas recordações, lamentando os momentos menos bons no clube espanhol.
"Havia uma grande expetativa e um apoio muito grande por parte da direção, do treinador, e as coisas começaram a não correr muito bem. Quando tive a lesão foi quando eu estava a começar a estar muito melhor, a estar adaptado. Mas tu precisas de te adaptar a um estilo de jogo e claramente eu não me adaptei. Foi triste, quando saí, ouvir colegas a dizer que eu não estava comprometido com a equipa. Foi algo estranho, porque se há uma coisa que sempre tentei fazer foi ser profissional ao máximo", explicou.
Seguiu-se a ida para a China e também aí Jackson Martinez não sentiu confiança no passo dado, afirmando que que passou os três dias mais difíceis da carreira depois de assinar pelo Guangzhou Evergrande.
"Foram dias muito tensos. Havia gente a dizer que o Jackson Martinez decidiu ir para a China, que preferiu o dinheiro à glória. O que posso dizer é que eu não procuro a glória, nem tão pouco a minha vida é guiada pelo dinheiro", finalizou.

1 comentário:

  1. está com dói-dói...
    não cabe um feijão no c.. estes vermelhos são tristes, mesmo que o destino do campeonato já esteja traçado para eles.

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