03 outubro 2016

Sporting perde o norte sem Adrien em campo (dos 11 golos sofridos, 7 foram sem Adrien); Há 11 anos que não se via defesa tão frágil no Sporting

Dínamo maior de toda a movimentação da equipa, Adrien tem sido tão providencial em campo como determinante tem sido a sua ausência. Lesionado aos 36’ do jogo em Guimarães e rendido por Elias, o capitão dos leões viu elevar-se no D. Afonso Henriques para sete o número dos golos sofridos pela equipa comandada por Jorge Jesus a partir do momento em que deixa o campo, em onze golos consentidos aos adversários nesta época.
A dinâmica, a pressão permanente, exercida logo no primeiro momento de construção de jogo do oponente, a par da orquestração da movimentação ofensiva da equipa, fazem de Adrien uma peça nuclear em toda a manobra do conjunto montado por Jesus, sobretudo ao nível dos equilíbrios que conferem maior consistência ao futebol dos leões. Isso mesmo foi trazido à evidência em Guimarães, onde o Vitória conseguiu recuperar de uma desvantagem de três golos nos quinze minutos nais, nos quais foi notada a ausência do capitão. Se no clássico com o FC Porto foi com Adrien em campo que o Sporting sofreu o primeiro golo da época – e orquestrou a remontada para o 2-1 final –, e em Vila do Conde também foi como 23 em ação que o leão teve exibição desastrosa, sofreu três golos na primeira parte e foi derrotado (1-3) pelo Rio Ave, foi a partir da saída do incansável campeão europeu que o emblema de Alvalade permitiu os três golos ao Vitória de Guimarães, mas antes já se sujeitara a dois golos do Real Madrid, e outros tantos ao Estoril.
No Santiago Bernabeu, foi rendido aos 73’ por Elias, quando já se encontrava esgotado na sequência do desgaste decorrente da ação movida até aí para praticamente anular Kroos e – uma vez mais, depois do Euro – Modric; com o Estoril, com a equipa a vencer por 3-0 e no comando das operações, foi poupado aos 76’, sendo novamente rendido pelo 22, em medida de gestão de esforço, atendendo ao jogo da Champions com o Légia que se seguia. Agora, lesionado, Adrien voltou a deixar órfã a equipa do seu alto rendimento.

Há 11 anos que não se via defesa tão frágil. Com problemas no sector recuado, uma tendência que começou a acentuar-se nos últimos cinco jogos, o Sporting, após ir buscar mais três bolas ao interior das suas redes anteontem, em Guimarães, não enfrentava tanto embaraço defensivo há 11 anos, à sétima jornada do campeonato. São nove os golos consentidos nesta fase, o que não se via desde 2005/06... e os últimos instantes têm sido penosos.
Se no início de temporada os verdes e brancos mantiveram um comportamento dentro do desejável – só ao quarto encontro da temporada oficial, no clássico ante o FC Porto, consentiram o primeiro golo –, a descida começou a desenhar-se ao sexto encontro da estação, para a Champions, em M adrid. De lá para cá, sofrer tem sido quase sempre uma constante, uma vez que os leões só saíram de campo com a folha em branco no que toca a golos adversários na vitória sobre o Légia Varsóvia, também para a Liga dos Campeões.
Contas feitas aos últimos cinco jogos, são dez os tentos sofridos no total, todos registados nos últimos 20 minutos das partidas – seis deles aconteceram mesmo nos derradeiros cinco minutos, o que espelha as dificuldades evidenciadas pelos lisboetas em segurar resultados.

1 comentário:

  1. Mééééé, mééééé, Mééééé, mérrr (...) MERDA, isto de ser gago é f****o!?

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