26 setembro 2016

Portugal nas meias-finais do Mundial de Futsal; Mourinho diz que “o FC Porto vai sentir-se grande em Leicester”. Que é "preciso paciência" com NES e fala sobre o que Slimani acrescentou ao Leicester

José Mourinho quer ver o FC Porto a vencer em Leicester e ao jornal O Jogo deixou isso claro. O técnico português avisou contra os perigos dos campeões ingleses, mas acredita num grande FC Porto na terça-feira.
Após a goleada que o United impôs ao Leicester, Mourinho disse: “Acho que o FC Porto não deve pensar que o Leicester é isto, porque o Leicester não é isto. Tem sido assim, mas fora, porque em casa não o é. O Leicester é uma boa equipa, normalmente muito consistente, joga muito de forma e é fortíssimo de bola parada. No sábado até pareceu frágil nas bolas paradas defensivas, mas parece-me fora de contexto”, analisou.
Sobre o campeonato português não quis falar. “Não percebo nada da Liga Portuguesa”, brincou. “Nem dos jogadores da I Liga”, continuou. “Mas sobre o Leicester-FC Porto tenho todo o gosto”, disse. “Não conheço bem o Brugge e também não tive oportunidade de ver o FC Porto com o Copenhaga, mas pela qualidade do futebol inglês e do português, do FC Porto que eu conheço bem e do Leicester que também conheço bem, acho que serão estas as duas equipas que vão discutir o primeiro e o segundo lugar do grupo”, sublinhou. O jogo de amanhã é, por isso, decisivo. “O FC Porto desta época não conheço muito bem. Vi um dos jogos com o Roma, vi pedaços de outros jogos. A equipa em si não conheço, mas conheço o clube, a mentalidade, a força mental, a arrogância da história. O FC Porto, quando vai para competições internacionais, sente-se no seu habitat natural. Não tenho dúvidas de que vai chegar aqui e sentir-se grande, com um ambiente fantástico de apoio ao Leicester, mas em que qualquer jogador gosta de jogar”, anteviu.

“Nuno? É preciso terem paciência”. Nuno Espírito Santo foi jogador de José Mourinho (o então treinador foi buscá-lo ao Deportivo da Corunha no defeso de 2002) e, 14 anos depois, reentrou num FC Porto que está há três anos sem qualquer sucesso desportivo relevante. A história parece repetida? A José Mourinho sim, pois claro. “O Nuno passa por uma situação parecida com a que eu passei, que foi entrar e estar num clube habituado a ganhar, ganhar, ganhar, ganhar e ganhar e, de repente, entrar num período em que não ganha nada e as coisas alteram-se sob o ponto de vista mental”, recorda. “Há um desejo enorme de voltar a ganhar, mas se calhar há que ter um bocadinho de paciência até se voltar a conseguir”, alerta, em jeito de alerta aos adeptos. “O Nuno vive uma situação parecida com a que eu vivi”, recupera.
Na bancada ou pela televisão, o Special One vai estar a torcer pelos dragões. “Gosto do Claudio Ranieri [as desavenças do passado são isso mesmo, passado], tenho o maior respeito pela equipa do Leicester, que fez uma coisa impressionante no ano passado ao ser campeão inglês, mas sou mais portista do que do Leicester, gosto mais das pessoas do FC Porto do que das do Leicester e, obviamente, quero que o FC Porto tenha o maior sucesso”.

“Slimani acrescentou o que o Leicester não tinha”. O Leicester revelou muitos pontos fracos em Old Trafford, mas tem mais forças do que fraquezas. Jamie Vardy é um desses expoentes. “É uma equipa muito perigosa em contra-ataque e o Vardy é o melhor jogador em contra-ataque do futebol inglês”, começa por dissecar. Mas a forma de jogar dos foxes não é assim tão linear. Isto por culpa de um ex-Sporting.
“O Slimani, que pareceu fora do contexto da equipa contra o Manchester, veio acrescentar aquilo que eles não tinham, que é aquele poder de jogo aéreo, saltar para desviar e o Vardy correr na profundidade, atacar os cruzamentos que eles fazem pelas bandas”, explicou. Em suma: “O Leicester é uma boa equipa e o FC Porto vai ter de jogar muito bem para ganhar.”

Portugal nas meias-finais do Mundial. Dezasseis anos depois, a Seleção Nacional de futsal vai voltar a marcar presença numas meias-finais do Campeonato do Mundo. O apuramento foi garantido após o triunfo (3-2) sobre o Azerbaijão, em Cali, na Colômbia.
Djô e João Matos assinaram os golos que ao intervalo davam vantagem de 2-1 a Portugal, com Bolinha a marcar pelo meio para a formação azeri.
No segundo tempo, o espetáculo chegou pelo calcanhar de Ricardinho, que ampliou a vantagem da equipa das Quinas dando a melhor sequência a uma assistência de João Matos.
O Azerbaijão apostou tudo no ataque e Eduardo, a jogar como guarda-redes avançado, conseguiu reduzir para 2-3. Apesar da pressão final, Bebé, com uma excelente intervenção, segurou a curta lusa vantagem até ao fim do jogo.
No duelo que dará acesso à final, Portugal vai defrontar a Argentina que, nos quartos de final, goleou o Egito por 5-0. O jogo está marcado para a madrugada (1 hora) da próxima quinta-feira, também em Cali.

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