03 abril 2016

Rui Barreiro lembra BdC que "a maioria das contas positivas se devem a jogadores que foram herdados" e fala em ameaças

Rui Barreiro, membro do Conselho Leonino, volta este domingo a deixar algumas farpas a Bruno de Carvalho no seu artigo de Opinião do jornal O Jogo. 

A intervenção da actual Direcção no actual plantel é realçada, esquecendo-se que já é responsável há três épocas e que a maioria das contas positivas se devem a jogadores que foram herdados, sendo que das contratações efectuadas ao longo destes três anos menos de 20% passaram pela nossa equipa principal. Programar com critério, antecipar a estratégia necessária para consolidar o futuro, apostando verdadeiramente na formação, de forma a obter mais-valias desportivas e financeiras essenciais à consolidação e engrandecimento do Sporting, devem fazer parte do programa de qualquer candidatura que venha a aparecer.
Li esta semana nas redes sociais algo que reproduzo com a devida vénia e que me mostrou, uma vez mais, que há mais gente a pensar como eu: “A construção do futuro fez-se em anos anteriores, com a captação de meios e sua formação. Patrício está no Sporting desde 1999; Esgaio desde 2004; Tobias desde 2004; Rúben Semedo desde 2009; Adrien desde 2002; William desde 2005; João Mário desde 2003; Mané desde 2001; Gelson desde 2010; Pereira desde 2009. Quantos, entrados desde 2013, estarão aptos a entrar no plantel principal a prazo?”
Sou conselheiro leonino eleito na lista de Bruno de Carvalho. Jamais supus que o meu convite para integrar a sua lista pudesse integrar uma lógica de cegueira ideológica ou acriticismo soviético. Quando, ocasionalmente, entendo ser meu dever dar uma opinião ou partilhar um ponto de vista, faço-o. Na verdade, não consigo descortinar qualquer factor que deva inibir-me de produzir opinião e de a reproduzir nos locais que, a cada momento, me parecerem mais adequados. Não sou inocente. Tenho plena consciência de qual foi o meu crime e, por isso, identifico, com facilidade, a natureza do meu castigo. Ao contrário de Raskolnikov, a extraordinária personagem criada por Dostoievski que assassinou uma anciã e que por isso pagou em consciência e no corpo, eu não cometi qualquer delito. Tenho-me limitado a observar de forma séria, criteriosa e honesta as oscilações do mandato do actual presidente – e é esse o meu crime, por isso o castigo que a “nomenklatura” tenta aplicar-me. Como imaginarão, não são ameaças, designadamente a de expulsão do Conselho Leonino, que me levarão a arrepiar caminho ou a deixar de ir a Alvalade e aos outros estádios apoiar o Sporting e tentar, com a minha voz, ajudar ao esforço que Jorge Jesus e a equipa têm desenvolvido e cujos objectivos se encontram longe, muito longe, de estar perdidos.

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