18 abril 2016

NOS estuda saída da BTV da operadora MEO

A administração da NOS está a avaliar a possibilidade de retirar o canal do Benfica, a BTV, da grelha da operadora MEO. A avançar, esta decisão só deverá ocorrer a partir de julho, após o final da época desportiva em curso e depois de entrar em vigor o acordo de €400 milhões que a NOS assinou com o Benfica para garantir os direitos de emissão dos jogos do Benfica em casa na Liga portuguesa e os direitos de emissão e comercialização do canal do clube.
Contactada pelo jornal Expresso, fonte oficial da administração da NOS diz que a operadora “não tem qualquer decisão tomada em relação a essa matéria” e recorda que a empresa liderada por Miguel Almeida “sempre defendeu que os conteúdos devem estar disponíveis para todos os operadores”, uma posição que diz manter. Mas segundo as informações recolhidas pelo Expresso, este plano B é um cenário pronto para avançar caso seja necessário.
A decisão só será tomada depois de ser conhecida a deliberação do tribunal em relação à providência cautelar que a NOS interpôs após a sua concorrente MEO ter suspendido a disponibilização do Porto Canal na sua grelha. Se o tribunal considerar que o acesso à emissão do Porto Canal não pode ser vedado à NOS, a operadora deixa cair esta hipótese. Mas se o tribunal entender que o MEO pode vedar o canal a um concorrente, a resposta da NOS será a suspensão da emissão da BTV no MEO.
A suspensão das emissões do Porto Canal na NOS foi decidida pela dona do MEO, a PT Portugal, em fevereiro e ocorreu após a empresa ter assinado um acordo de €457 milhões com o FC Porto para ter o exclusivo das emissões dos jogos do clube a partir de 2018 e do patrocínio da camisola e da comercialização do Porto Canal desde janeiro deste ano.
Na origem desta decisão esteve, segundo comunicou a empresa em fevereiro, o facto de — apesar de ter apresentado “condições concretas” para ceder o Porto Canal à NOS “por um valor moderado” — não ter sido possível chegar a acordo sobre a garantia de “condições paritárias” no acesso do MEO aos canais Benfica TV e Sporting TV a partir de julho, altura em que os direitos destes canais passam a ser detidos pela NOS, no âmbito dos acordos assinados por esta operadora com os dois clubes de Lisboa.
Na altura da suspensão, a NOS classificou como “irrazoável e inflexível” a “postura negocial” da PT Portugal nas conversações para renovar o contrato de distribuição do Porto Canal. E interpretou esta medida como a prova de que a sua estratégia de compra de direitos de emissão de jogos de clubes como o Benfica, Sporting, Braga ou Marítimo “foi indispensável e acertada para acautelar os interesses dos seus clientes” face aos avanços do MEO, que assinou acordos com clubes como o FC Porto, Guimarães, Rio Ave ou Boavista.

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