23 março 2016

Carlos Cruz denunciou compra de votos para garantir o Euro'04. Madaíl garante que é mentira. UEFA desconhece denúncias

Gilberto Madaíl não gostou de ver Carlos Cruz acusá-lo de comprar votos para trazer o Euro’2004 para Portugal e acusa o antigo apresentador de querer "branquear a imagem". "Carlos Cruz devia estar calado e recatado. E ter pudor", começou por dizer ao jornal Record o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), assegurando que "é tudo completamente falso e ficção".
"Não gastámos um tostão a comprar ninguém. Gastei muito da minha vida nas viagens que fiz para apresentar a nossa candidatura, sem favorecimentos. Tenho é dúvidas do que ele foi fazer a Londres para falar com uma agência. Foi a única coisa que não controlei. Aí é que não sei o que ele fez", atirou Madaíl.
No livro apresentado ontem, Carlos Cruz, de 73 anos, que se encontra em liberdade precária, relata um episódio com o presidente de uma federação europeia a quem Madaíl "entregou um envelope" com "os dólares equivalentes aos cálculos das viagens e de uma semana da férias no Algarve". Em troca, a candidatura de Portugal, que concorria contra a espanhola e a austro-húngara, garantia esse voto. "Se alguém convidou alguém para férias no Algarve, eu não fui de certeza", afirma Madaíl.
O presidente honorário da FPF , de 71 anos, garantiu também que "nunca quis Carlos Cruz no Euro" e que "foi um nome imposto pelo Governo". "Ficou muito ressentido e ressabiado porque a FPF só tinha 1000 contos por mês para lhe dar e ele dizia que não vivia com isso", acusou ainda.
Contactada pelo jornal Record, a UEFA afirmou não ter ainda conhecimento das denúncias feitas por Carlos Cruz na sua autobiografia, mas prometeu que iria ficar atenta e poderá atuar caso encontre provas de ilegalidades na atribuição da organização do Euro’2004. Os recentes escândalos na FIFA por causa da atribuição de Mundiais fazem com que este tema seja tratado com o máximo de cuidado pelo organismo.

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