09 março 2016

Benfica pode colocar 3 equipas na champions em 17/18. "O Benfica foi uma vez à minha baliza e fez um golo". "O FC Porto que eu conheci não é este"

Se o Benfica carimbar o acesso aos quartos de final da competição milionária, deixa desde logo garantida a presença de três equipas portuguesas na edição 2017/18 da Liga dos Campeões. Na prática, a passagem dos encarnados – e num confronto direto com uma equipa russa – assegura ao nosso país os pontos suficientes para amarrar o sexto lugar do ranking da UEFA e, na referida campanha, estará então mais uma equipa lusa certa na fase de grupos, pois agora apenas duas têm via direta, através do primeiro e segundo lugares do campeonato – o terceiro classificado disputa a última préeliminatória.
Portugal está, neste capítulo, em disputa direta precisamente com os russos, mas uma vez que o único representante daquele país são mesmo os comandados de André Villas-Boas – Portugal conta ainda com a ajuda da participação do Braga, na Liga Europa –, o afastamento do Zenit abre as portas às armadas lusitanas. Portugal só perderá mesmo a vantagem sobre a Rússia, caso o emblema de São Petersburgo vença o jogo de amanhã e de forma a que lhe permita seguir em frente na competição, pois uma derrota pela margem mínima e, pelo menos, um golo marcado também serve aos encarnados, vitoriosos na Luz por 1-0 há duas semanas. Cada vitória, recorde-se, vale dois pontos no ranking, e o apuramento rende mais um extra.
O reverso da medalha também se verifica e é preciso contar com o pior cenário. Afinal, caso todas as contas portuguesas saiam furadas, podemos até cair para a sétima posição no ranking e tal significa ter menos uma equipa na Liga dos Campeões na referida campanha 2017/18.
Para já, a frieza dos números não se apresenta favorável, pois diz que o Benfica joga pela terceira vez em São Petersburgo contra o Zenit, tendo perdido os anteriores confrontos (1-0, em 2014/15; 3-2, em 2011/ 12). Em solo russo, apenas há registo de uma vitória do emblema da águia e já aconteceu há 20 anos ( 1996), quando João Vieira Pinto, Donizete e Panduru selaram o resultado (3-2) em casa do Lokomotiv Moscovo, na já extinta Taça das Taças.

Rui Patrício, guarda-redes do Sporting, faz o rescaldo do dérbi com o Benfica e encara os próximos compromissos com "garra".
"Ficamos tristes com o resultado, mas temos de reagir. Não foi o resultado que queríamos, mas como todos viram fizemos uma exibição fantástica. O Benfica foi uma vez à baliza e fez um golo. Depois não fez mais nada. Tivemos oportunidades, fomos melhores do que eles... Sabemos o jogo que fizemos e a forma como trabalhamos, dessa forma estamos mais perto de ser felizes, de conquistar coisas. Agora devemos continuar a trabalhar e já com o Estoril fazer o nosso melhor. Quero realçar o apoio que temos recebemos, e que continuem a apoiar mais. São o 12.º jogador, quero sentir isso dentro de campo e quero dar-lhes alegrias", comentou Rui Patrício, em declarações à Sporting TV, referindo-se ainda à derrota com o Benfica, que custou a liderança.
O guarda-redes reforça a ideia da postura da equipa: "Já estive em muitos dérbis, mas assim com tão pouco trabalho... O Sporting teve qualidade de jogo e sempre em cima do adversário. Foi um jogo como já se falou e todos viram. O Benfica criou uma oportunidade e fez golo. Nós dominámos o jogo todo e não marcámos. É assim o futebol. Importante é continuar o que temos feito, trabalhar como temos feito, mas também sabemos a qualidade de jogo que temos mostrado. Temos de continuar a melhorar, querer ser melhor para estar perto dos objetivos."

Vítor Baía, antiga glória e elemento incontornável na história do FC Porto, lamenta que o FC Proto tenha desperdiçado uma “oportunidade extraordinária” para se aproximar de Benfica e Sporting na luta pelo título.
“O campeonato está animado, mas eu preferia estar mais bem disposto esta semana, mas o FC Porto afastou-se ainda mais da luta pelo título ao não vencer em Braga. Está mais longe da corrida ao título porque não soube aproveitar esta oportunidade extraordinária de se poder relançar no campeonato e é esta irregularidade que temos assistido que nos deixa preocupados. A que se deve? Não sei, não estou lá dentro, mas o FC Porto que eu conheci não é este, disso tenho a certeza, e é esta ausência de uma cultura que levou a conquistas tão importantes no passado que me preocupa. Infelizmente, desapareceu”, aplicou, à margem da apresentação da Tejo Cup, em Santarém.
O ex-guardião e capitão portista mostra-se apreensivo com o rumo que o clube está a levar.
“Estamos todos apreensivos com esta mudança de cultura no modelo de gestão da equipa de futebol, mas temos de ser otimistas”.

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