12 fevereiro 2016

Football Leaks pediu mesmo dinheiro à Doyen para ficar em silêncio

Os autores do site Football Leaks terão pedido à Doyen Sports "entre 500 mil e 1 milhão de euros" para deixar de divulgar informação confidencial da empresa, nomeadamente contratos assinados com os clubes para partilha de direitos económicos de jogadores. A tentativa de extorsão está exposta numa troca de e-mails entre pessoas que se assumem como responsáveis pelo site e Nélio Lucas, CEO da Doyen, que está na posse da Polícia Judiciária e à qual o jornal Record teve acesso.
Os e-mails estão escritos em português, têm como remetente "Artem Lobuzov" – nome de um nadador olímpico russo – e a conta está registada no domínio yandex.kz. A troca de correspondência começou no início de outubro, poucos dias depois da divulgação dos primeiros documentos pelo Football Leaks. " Tudo isto e muito mais pode aparecer online. (...) Mas podemos conversar", escreve o alegado responsável pelo site. Nélio Lucas responde: "Não sei quem és, mas diz o que pretendes." "Uma doação generosa, e pode ter a certeza que toda a informação que possuo será eliminada de seguida." A 5 de outubro, era feito o preço: "Algures entre 500 mil euros e 1 milhão penso que seria uma boa doação por este material" (...).
A certo ponto, Nélio Lucas admite fazer este acordo, mas quer "garantias" de estar a falar com a pessoa certa. Para o convencer, "Lobuzov" destaca que o Football Leaks deixou de publicar documentos relacionados com a Doyen desde que iniciou as conversas. As datas batem certo: nestes dias, nada da empresa foi divulgado.
Combinam colocar advogados a negociar o acordo. No dia 8 de outubro, Nélio Lucas diz que tem um advogado português da sua confiança, disponível para "no máximo sigilo, tratar deste assunto". Do outro lado, e passado um dia, respondem com o nome, o número de telefone e um e-mail de um advogado português. No dia 11, os alegados responsáveis do Football Leaks queixavam-se de não terem sido contactados e davam um prazo: as 16 horas de terça-feira seguinte.
O Jornal Record tentou falar com o advogado em causa, cujo nome optou por não divulgar, mas este não atendeu o telemóvel, nem respondeu à mensagem enviada ontem ao início da noite.

5 comentários:

  1. Isso até pode ser verdade, mas não coloca em causa a veracidade dos documentos revelados. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

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  2. nao eram estes os apóstolos da verdade e da transparencia?

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    1. Outro que não percebe português com problemas de "literatícia" semelhantes ao José "Panelas" Eduardo.

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    2. O que se percebe é que a doyen não quer que o site divulgue as suas artimanhas, logo transparência está num nivel vera.

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    3. anonimo das 17:17, nem sei do que estás a falar...
      Dizes que não sei português e no entanto, quem é quenão sabe aplicar uma simples virgula? olha-te ao espelho

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