No dia seguinte ao anúncio das condições de venda dos bilhetes para a final da Taça de Portugal, os adeptos do Sporting invadiram as redes sociais para comentar a notícia e, numa rápida leitura à caixa de comentários da página oficial do clube no Facebook, é fácil constatar que existe um clima de divisão relativamente à decisão da SAD em premiar, numa primeira fase de venda, os sócios que detêm uma Gamebox em Alvalade há mais tempo: tem prioridade quem detém lugar há 12 anos, incluindo o da atual temporada, seguidos do que mantenham o seu lugar na casa do leão há onze, dez e nove anos, assim sucessivamente.
Como seria de esperar, a maior onda de críticas surgiu da parte de adeptos sportinguistas que moram fora de Lisboa. Lembrando que a atual conjuntura financeira não permite à maioria das pessoas manter um lugar no estádio e percorrer longas distâncias para desfrutarem deste de 15 em 15 dias, os fãs que estão longe da capital acusam a SAD de esquecer quem mora longe e, alguns, até convidam o presidente Bruno de Carvalho a mudar o nome de Sporting Clube de Portugal para... Sporting Clube de Lisboa. Os mesmos também destacam que sócios que pagam quotas há vários anos, mas sem possibilidade de comprar uma Gamebox, não podem ser “esquecidos”. Os mais jovens também se apresentam frustrados porque a tenra idade não lhes permite cumprir os requisitos de fidelização e, consequentemente, ter acesso ao Estádio Nacional.
Do outro lado da barricada, os adeptos beneficiados com esta medida da SAD aplaudem uma decisão que visa privilegiar quem faz um esforço financeiro para apoiar a equipa em Alvalade jogo após jogo. No meio de tantos comentários, é fácil constatar que quem vai habitualmente a Alvalade acusa os restantes adeptos de só estarem interessados em finais ao invés de um apoio constante à equipa.
Por entre esta troca de argumentos, uma mão-cheia de adeptos considera que a melhor maneira de solucionar o problema seria abrir as portas do Estádio José Alvalade e transmitir o jogo nos ecrãs gigantes do estádio.
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